quarta-feira, 29 de abril de 2009

Comunicação mecânica



Atualmente, a maior facilidade existente no mundo em que vivemos é de se comunicar. Talvez os hábitos básicos de conversar pessoalmente seja algo demasiadamente ultrapassado, visto que, já não é necessário estar com outra pessoa para falar com ela. Até mesmo o telefone, que realmente é uma tecnologia avançada, já se é considerada antiga. O que realmente agrada na atualidade são os elementos de comunicação instantânea; Torpedos, msn’s, twiiter, diabo a quatro. Tudo que facilitar o contato, é válido. É possível inclusive expressar sentimentos através de “pokes”, onde abraçamos, beijamos, pagamos bebidas (lembre-me de dar a sugestão ao Orkut de formas de divertimento ilícitos via buddy poke). A praticidade impera nesse mundo atual. Já não é lucro parar para conversar; visitar; procurar as pessoas, se podemos tê-las em uma tela. Não nos é necessário o contato, visto que temos carinhos virtuais, que nos satisfazem. E talvez seja isso que mais contribua para que o ser humano se sinta com um maior número de amigos, mas também se sinta cada vez mais só. Confesso sentir-me assim também, mas existem momentos que fazem com que eu me sinta novamente um humano. Conversas pessoais em bares, cafés, casas de amigos (e cito verdadeiras e importantes pessoas ao fim deste post), são momentos raros, que talvez nossos filhos não possuam. Atualmente, tenho tido oportunidades que considero inexplicáveis, ao deslocar-me até a casa de uma pessoa conhecida há pouco, mas que tanto me alegra por sua simples presença; a garota confusa dos olhos verdes, que, ao deixar transparecer um sorriso, mostra o quão simples e valiosa é. Grande amizade atual, revestida por um enorme carinho por essa pessoa. Ah, o nome? Simplesmente Leti. Cafés, cigarros, conversas e mais conversas. Talvez isso esteja suprindo a minha carência de caminhadas ao ir embora da URI pedindo cigarros e conversando com o Marcus, sobre os mais variados temas, pessoas, ocasiões, e confissões, claro. Talvez isso esteja suprindo a necessidade de ir contra as regras junto ao Dilnei, a quem tanto carinho e falta sinto. Talvez isso esteja suprindo as sábias palavras e conversas fiadas que tinha com o grande João Eupídio, amigo há mais de década. Talvez isso esteja suprindo as bagualezas do irmão Luiz Paulo, que tanto me fez rir por todo esse tempo, e também foi um grande guardador de segredos.

Não lembro de ter chorado ao lado de nenhuma dessas pessoas, mesmo elas ouvindo meus enormes desabafos. Sinto falta de tais coisas agora. Mas, é inexplicável a importância de todos esses na minha vida.

Se Santiago mora no meu coração, é por tais pessoas. E se Santa Maria tanto tem me agradado, é por essa esquisita dos olhos verdes.

Amigos reais ainda existem. E sou feliz por tê-los.