quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Não me agrada te agradar

Nota-se pelo título, que, talvez, as próximas palavras, não sejam aconselháveis a pessoas que sejam muito sensíveis, ou sofram de algum disturbio emocional. Mas, simplesmente, é essa a verdade: Não me agrada te agradar. Não tem nada de misterioso nisso. Nada filosófico, nem poético, nem psíquico, nem religioso, nem literário, nem denotativo, nem ambíguo. Simplesmente é isso. Não quero mais "diz que...", "fulano ouviu...", "verdade que...". Não me agrada mais isso. Já fui hipócrita, sim. Agora, não sou mais. Ou, pelo menos, tento não ser. Não sorrirei, se não for do meu agrado. Não cumprimentarei, se não me agradar. Não abraçarei, se não me agradar. Ao ler, pensará que estou numa fase "rebelde" ou algo do tipo. Engana-te. Estou apenas sendo sincero, coisa que muita gente não é, para conseguir o que quer. Se estou fazendo tudo que faço, é porque tenho um objetivo. Não quero depender de outros para ser alguém. Quero que seja reconhecido o potencial que tenho (ou não, caso não tenha). Mas, o mais importante: Quero que vejam que é por meu mérito, e, não por amizades influentes que possam surgir, ou, por ter que puxar o saco de alguém para ganhar algum osso em troca.
Não tenho a obrigação de gostar de todos. Quem me agrada, procuro ter por perto. Quem não me agrada, não sei nem quem são. Não faço questão de saber. E peço que façam o mesmo, não sejam hipócritas, não sejam tão ridículos a ponto de me deixarem perceber tal idiotice.

Ainda perdi grande parte do meu tempo escrevendo isso, para pessoas que eu não deveria nem lembrar que existem.

domingo, 5 de outubro de 2008

Mais um pleito



Hoje, tivemos mais um ato de "demonstração da democracia nacional". Milhões de pessoas se deslocaram de suas casas até as zonas eleitorais e escolheram seus candidatos. Escolheram o que tinha propostas, e poderia apresentar algo relativamente bom, ou, escolheram o menos pior, que pode nos roubar menos durante esses 4 anos? Essa é a dúvida que só será esclarecida ao longo do tempo.
Meu candidato não se elegeu, infelizmente. Confiei nele, afinal, não apresentou propostas absurdas, que enchem os olhos em um primeiro momento, mas, no andar da carruagem, mostra que tudo é apenas fogo de palha, e, que, "batalhará para implantar tais promessas numa possível reeleição". Algumas pessoas fazem papéis realmente incríveis, pois se submetem a situações quase que humilhantes para conseguir votos. Mas, talvez, o caso pior, seja ainda das pessoas que contam com a vitória sem nem ao menos ter tal chance. Além de ser um ato de arrogância, se torna de extrema prepotência. Não é porque uma pessoa apertou a tua mão, que tu terá o voto dela. Não é porque é teu conhecido há tempos, que terá o voto da mesma. As coisas não funcionam assim. Infelizmente, aqui, na minha opinião, acho que temos que votar no menos pior, quando se refere a algumas particularidades. O fato de ser vizinho, parente de algum amigo, ou coisa do tipo, pode vir a influenciar de forma negativa, e iludir na hora da contagem.

Não me chame para comemorar a tua vitória, apenas mostre o quanto tu pode fazer por pessoas que realmente estão passando dificuldade.

Candidato Caô Caô


Bezerra da Silva


"-Alô, Alô meu povo!
Vai ter eleições denovo
Escolha seu candidato certo
Não vote nesses políticos
Caô, Caô!
Cuidado malandro!
É tudo time do "H"

Ele subiu o morro sem gravata
Dizendo que gostava da raça
Foi lá na tendinha
Bebeu cachaça
Até bagulho fumou
Jantou no meu barracão
E lá usou
Lata de goiabada como prato
Eu logo percebi
É mais um candidato
Para a próxima eleição
Ah! E lá usou!
Lata de goiabada como prato
Eu logo percebi
É mais um candidato
Para a próxima eleição...

Eeeeeeeeeeeeh!
Ele fez questão
De beber água da chuva
Foi lá no terreiro
Pedir ajuda
E bateu cabeça no gongá
Mas ele não se deu bem
Porque o guia
Que tava incorporado
Disse esse político é safado
Cuidado na hora de votar...

Também disse:
Meu irmão se liga
No que eu vou lhe dizer
Hoje ele pede seu voto
Amanhã manda a polícia
Lhe bater
Podes crer!
Meu irmão se liga
No que eu vou lhe dizer
Hoje ele pede seu voto
Amanha manda a polícia
Lhe bater...

Ele subiu o morro sem gravata
Dizendo que gostava da raça
Foi lá na tendinha
Bebeu cachaça
Até bagulho fumou
Jantou no meu barracão
E lá usou
Lata de goiabada como prato
Eu logo percebi
É mais um candidato
Para a próxima eleição
Ah! E lá usou!
Lata de goiabada como prato
Eu logo percebi
É mais um candidato
Para a próxima eleição...

Eeeeeeeeeeeeh!
Ele fez questão
De beber água da chuva
Foi lá no terreiro
Pedir ajuda
E bateu cabeça no gongá
Mas ele não se deu bem
Porque o guia
Que estava incorporado
Disse:
Esse político é safado
Cuidado na hora de votar...

Também disse:
Meu irmão se liga
No que eu vou lhe dizer
Hoje ele pede seu voto
Amanhã manda os "home"
Lhe bater
Podes crer!
Meu irmão se liga
Porque eu vou lhe dizer
E depois que ele for eleito
Dá aquela banana prá você
Podes crer!

Meu irmão se liga
No que eu vou lhe dizer
Hoje ele pede seu voto
Amanhã manda a polícia
Lhe prender
Podes crer!
Meu irmão se liga
No que eu vou lhe dizer
E depois que ele for eleito
Não arruma emprego
Prá você!"



"
o verdadeiro ladrão usa terno e gravata, não manuseia fuzil nem escopeta, mata milhões de brasileiros só com uma caneta, fica impune, não vai preso, ele não é pobre, não é preto, se for condenado fica em sela separada, com televisão, frigobar e água gelada, criminoso com nível superior... (MV Bill)"



E tivemos mais uma eleição...

E a rotina persiste


Acordei. Não sei se é manhã, ou tarde. O calor infernal, e o número de pessoas que passam faz com que eu me sinta mais perdido. O olhar de repúdio dos poucos que ainda me olham, e os julgamentos precipitados, só deixam claro a hipocrisia dessas pessoas, que, quando estão com seus amigos, adoram dizer que fazem o bem, que não entendem como podem eistir condomínios de luxo ao lado de favelas, mas, mal sabem elas que são as maiores causadoras de todo esse caos em que eu, como pobre e sem estudo, sigo sendo a pessoa perigosa, e os bonitinhos que usam terno, que são os verdadeiros ladrões e só aparecem uma vez a cada quatro anos, são em quem devemos confiar.
Vou para casa, penso eu. Pego meu 'carro', sigo pelas ruas à procura de papelão. Tenho fome. Espero que os soldados já tenham desocupado o nosso morro. A mesma desculpa de sempre: "Parece que um indivíduo desse morro assaltou o mercado, e isso é inceitável!". Será que eles sabem o que´e passar fome? Será que o filho deles já chorou por não ter o que comer? E quem paga eles, são os engravatados, que, em conseqüência, são sustentados por nós. Parabéns pela democracia, Brasil.